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sábado, 31 de outubro de 2009

Chama Alada - Capítulo 3: Saída Descompromissada









3- Saía Descompromissada.

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“Às vezes a gente se surpreende com coisas fora do círculo de coisas que a gente conhece na vida. A gente só consegue imaginar, conceber e realizar fatos que já se chocaram impactantemente com a gente na vida. As outras coisas, nós podemos simplesmente ignorar. Às vezes, somos surpreendidos por choques novos, choques que não podemos controlar.”
Vini atende uma ligação de sua turma.
Vini: _ Oi, Gente, vocês de novo? Vocês saem todo fim-de-semana. Todo fim-de-semana é aniversário de alguém?
Fabrício: _ Aniversário da vida. Mas nesse eu não vou deixar você recusar... não de novo... e provavelmente nunca mais deixarei. Hahaha Agora cala a boca e só escuta. Falar te faz mal. _ “E calar me faz idiota”.
Fabrício prossegue no que deseja que seja um monólogo: _ Haja funerais pra você ficar de luto em casa, hein rapaz! Sai um pouco por conta própria! Hoje vamos sair só eu, você e a Mel, e ela vai te iniciar nos importantes ensinamentos de Budá. Porque ela dá.
Vini ia protestar, mas Fabrício percebe e impede: _ Você vai poder sentir o gosto do Mel. Eu estou arranjando isso pra você.
Vini: _ Fabrício, você acha mesmo que ela não é capaz de perceber uma coisa dessas? Você é tipo transparente pra ela!
Fabrício: _ E eu vou te considerar arco-íris se você insistir em desculpas pra acreditar que eu não consigo fazer você ter uma transa.
Vini se surpreende e fica mudo.
Fabrício: _ Até a noite! _ e desliga.
Vini para si: _ A gente nem marcou data e local!
Mais tarde, Vini, entediado, decide iniciar uma sessão de videogame no seu quarto. Mas no meio da jogatina, sua mãe o pára, gritando.
Vini vai ver o que ela quer. Ela pede que ele pegue o ferro de passar da vizinha emprestada.
“A mãe de Joanna. Eu sempre me meto nessa roubada. Minha mãe não cuida bem de suas coisas e eu tenho que ir pegar coisas na casa da doida. É como ser mandado para um exército de luta contra mortos-vivos sedentos de sangue desarmado.”
Joanna atendendo o vizinho à porta: _ E aí, quer entrar?
Vini: _ Sim.
Joanna: _ Onde você quer que eu tire a roupa?
Vini assustado: _ O quê?
Joanna: _ Você disse que ia entrar em mim.
Vini: _ Na casa. Joanna, você não pensa em outra coisa?
Joanna: _ Claro, eu quero casar com você.
Vini: _ Sua mãe está?
Joanna: _ Por quê? _ com ciúmes da mãe, imaginando coisas.
Vini: _ Minha mãe quer o ferro de passar roupas dela emprestado.
Joanna: _ Vou chamar. _ e o deixa a sós.
Vini para si mesmo, se sentando: _ Ai, que coisa doida, ainda bem que a Joanna nem imagina que eu vou sair hoje. _
Joanna atrás dele: _ Ai, você vai? Eu vou!!! _ “Que foi que eu fiz?!”

Mais tarde, após Vini passar o dia no quarto dele jogando videogame e vendo TV, ele se apronta e vai saindo. Ele estava andando quando encontra Joanna. Ela vem correndo e sem cerimônia o agarra. Ele pega seu celular, se desagarra e liga pra Fabrício.
Vini: _ Oi, Fabrício!
Joanna grita: _ Oi, Fabrício!
Vini: _ Fica quieta.
Fabrício: _ Uai... você está acompanhado?
Vini: _ Minha mãe me mandou passear com os cachorros.
Joanna: _ Não faz assim. Não seja cruel.
Mel, do outro lado: _ É. As pessoas mudam, se você ajudar. _ “Não quando estão no cio”.
Vini: _ Onde eu encontro vocês?
Mel ia falando, mas Fabrício a interrompe: _ No motel.
Vini e Mel: _ Fabrício!
Fabrício: _ Não se pode mais brincar.
Joanna: _ Gostei da ideia.
Vinícius a olha com cara de reprovação. Mais tarde, eles chegam na boate Hansos. Mel e Fabrício estão na porta.
Vinícius: _ Hum, um número igual, dois a dois.
Fabrício: _ Você está contando com a Joanna? Eu estava pensando em despistar ela, talvez depois de embebedá-la.
Mel: _ Fabrício, eles podem pensar que você está brincando, mas eu sei que você já fez isso, e é uma coisa muito cruel. _ “Meus amigos estão todos aqui. Meus únicos amigos. Eles estão disputando minha atenção. Eles não sabem qual é a minha, então estão tentando me influenciar a ir na deles. Eles querem saber de quem vou ser o melhor amigo. Ele não se importam se eu tenho opinião própria. Talvez me embebedem pra me descobrir. É comum influenciarmos as pessoas pra gostarem do que a gente gosta. Mas é comum eu não demonstrar resistência?”
Entram na boate.
Fabrício: _ Você vai adorar!
Entram e Vini se assusta com o barulho e o ambiente. Joanna pula nele e o beija. Vini se afasta dela e se perde empurrado pro meio do povo.
Mel para Joanna: _ Joanna. Não é assim que se faz.
Joanna: _ O que é? Agora ele vai achar que eu sou fácil?
Fabrício: _ Se ele fosse só achar... _ e sai puxando Mel pelo braço para dançarem. Joanna sai procurando Vini.
Vini, no meio do povo, é jogado pra lá e pra cá, quase caindo.
Mel: _ A gente não devia procurar o Vini?
Fabrício: _ Deixa ele se virar. Sentir sua falta. Aí você imita a Joanna depois.
Mel: _ Fabrício, eu não estou interessado nele.
Fabrício a puxa para mais perto de si: _ Então quem você quer?
Mel: _ Eu não quero você, também. Eu estou bem. Eu só quero me divertir. E eu acho que é o que ele quer também. Mas e você, o que quer?
Vini chega em um sofá num canto e se joga, pra depois ver que duas mulheres estão se beijando. Ele fica ali, pois não sabe o que fazer. Vini: _ Como é que eu vou encontrar o pessoal?
Pega o celular como ideia e tenta ligar, mas nem os bipes de chamada ele ouve. Vini se levanta pra procurar ver o pessoal, mas nisso ele esbarra com um punk e a bebida desta se derrama sobre sua camisa. Vini, sujo, vê uma porta que ele imagina ser o banheiro e vai até lá.
Joanna procura Vini por todo lado. Ela vê Mel e Fabrício.
Fabrício: _ Mel, eu não sei, também. Por enquanto, meu único plano era juntar vocês dois. _ e saindo de perto dela: _ E ainda é.
Joanna chega em Mel.
Joanna: _ Me ajuda a procurar o Vinícius?
Mel: _ Tá.
E vão.
Mel para e a segura: _ Jô, vem comigo. _ e a sai puxando. Elas são carimbadas e saem da boate.
Joanna: _ Que foi?! _ surpresa e amedrontada.
Mel: _ A gente precisa conversar. Antes de mais nada, você é virgem?
Joanna: _ Não eu... tá bom, eu sou.
Mel: _ E você é mesmo apaixonada pelo Vinícius?
Joanna: _ É.
Mel: _ E o que você pensa? Que vai impor seu amor a ele? Que ele te ama mas não sabe? O quê?
Joanna: _ Mel... eu preciso apoiar minhas esperanças em alguma coisa. No momento elas estão no ar...
Mel a interrompe: _ Escuta, não é facilitando as coisas pra ele ao máximo que você vai conseguir sair dessa. Ele pode não saber que o que você sente é serio. _ ia saindo e entrando de volta à boate.
Joanna a pára com uma pergunta: _ E o que você vai fazer? Conta pra ele?
Mel: _ Eu vou sondar ele pra você.
“Enquanto isso, eu, desavisado das conspirações amorosas alheias constantes a meu respeito, tento assimilar minha tentativa de ser o que eu acho que devo ser. Mas agora eu penso: porque não simplesmente perguntaram a mim? Porque as pessoas tem manias de querer faze as coias e saberem das coisas de maneiras diferenciadas, mais astutas, pra vencerem na concorrência de todos os seres humanos contra todos os seres humanos. Se me perguntassem quem eu queria, na época eu não saberia responder. Se fosse obrigado, eu escolheria a Mel.”
Fabrício entra no banheiro e se depara com Vinícius.
Fabrício: _ Cara! Eu imaginei que você fosse vir parar aqui.
Vini: _ C-Como?
Fabrício: _ Banheiro. Território seguro dos homens.
Vini: _ Eu não devia ter vindo parar aqui com vocês. Eu devia começar com coisas mais leves.
Fabrício: _ Começar como? Começar o quê?
Vini: _ Sei lá, a vida.
Fabrício: _ Aquela que começou quando saiu da barriga da sua mãe? Ou aquela que começa com coisas como essa? _ o agarra e o dá um beijão na boca.
Mel e Joanna procuram Vini e Fabrício na boate. Mel: _ Joanna, quando a gente encontrar eles, pede desculpas pelo beijo.
Joanna: _ Por favor, não tira ele de mim.
Mel: _ Tranqüila. _ humorada;
Vini e Fabrício se soltam.
Vini fica mudo.
Fabrício: _ E aí?
Vini: _ Por quê?
Fabrício: _ Porque a gente queria.
Vini: _ O que você acha? De mim, quero dizer.
Fabrício: _ O que você acha? Você não vai brigar comigo?
Vini: _ Tanto faz pra mim. Você, a Joanna, a Mel.... eu só não quero ficar com ninguém por agora. Você... só... me... beijou... por... pra me testar?
Fabrício: _ Eu já disse. A gente queria. Eu também queria. Não é como se eu fosse te dar um perfume do boticário numa caixa cor-de-rosa com um bilhete de 224 palavras no dia dos namorados. Arruma o cabelo. Depois sai e me encontra no sofá pra gente procurar as meninas. _ e sai.
Vini: _ Eu não me conheço. Como eu não imaginei que eu queria isso, mas no fundo eu sabia que eu queria? _ põe as mãos nos lábios: _ Ninguém entra nesse banheiro? O povo bebe tanta cerveja e nunca...!
Vini encontra Mel, Joanna e Fabrício perto do sofá. Fabrício e Vini se olham. O olhar de quem esconde um segredo.
Joanna: _ Me desculpa, Vini, pelo beijo! Foi um ímpeto. _ ele se desculpa.
“Joanna se desculpando!? Que lugar é esse? Essa boate tem algo de mágico, pra ser onde pessoas se interessam por mim e Joanna pede desculpas por me beijar. Nesse momento eu não conseguia pensar direito. Eu não sabia se era normal eu não querer ninguém. Se é normal querer estar solteiro. Querer estar solteiro e não pegar ninguém. Mas eu queria beijar o Fabrício. Quantos outros desejos meus eu tenho e não sei? Quais? Eu não gostei do beijo da Joanna, mas provavelmente gostaria de um da Mel. Quem sabe não seja dela meu próximo, o 4º beijo da minha vida? Eu não sei que surpresas me esperam. Eu não sei que surpresas eu guardo pra mim.”

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