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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sou um artista?

*Ligado ao post anterior: "Pergunta: quem somos nós?"
Eu sou um artista? EU. Se eu nem sei o que eu sou. se eu nem sei quanto de controle eu tenho de mim mesmo. Se eu nem sei quanto de mim Deus deu e quanto de mim a vida na Terra fez. Se eu nem sei quanto de liberdade eu tenho e quanto o destino controla a minha existência. minha criação artística vem de onde? Dos meus pensamentos, sim. Mas não parece ser de todos dos pensamentos, ou será que é? Eu sinceramente não sei. Essa é mais uma das perguntas que me angustiam. Eu não posso, então, dizer que tenho mérito no que escrevo. Eu nem sei se estou sendo inspirado por uma fonte não-materializada de conhecimento, e nesse caso eu não tenho mérito nenhum. Talvez nós, 'artistas' estejamos simplesmente captando correntes de pensamentos esparsas 'no ar' como se fossem um campo magnético totalmente invisível e impossível de detectar. Ou talvez nosso inconsciente ligue as coisas. Porque na maioria das vezes eu começo uma obra sem saber como ela vai terminar ou onde ela levará. Mas eventualmente eu encontro um bom caminho para seguir. Coincidência? Ou será que meu inconsciente pensou em tudo antes. Sim, porque até eu às vezes me surpreendo com as ligações que se fazem às vezes no que eu escrevo, depois, quando vou ler tudo. Então eu não posso afirmar com certeza que eu tenho mérito pelo que escrevo. Talvez ninguém possa. Talvez todos possam. É mais uma intrigante dúvida da existência humana.

Pergunta: o que somos nós?

 Apesar da redundância no título: Nós somos o que nós pensamos? Digo, os nossos pensamentos. Somos os nossos sentimentos? Somos a mistura dessas coisas?

domingo, 23 de outubro de 2011

Preciso de Você

Eu preciso de você
Porque meu ato de viver me lembra que você existe

Lembro a cada segundo
Do meu passado
Os momentos contigo
Única vez em que estive próximo de real esperança

É como se eu tivesse um sonho e me mostrassem que pode ser real
E agora querem me fazer esquecer
Então apareça

Diga que me ama
Mostre que o mundo não está todo errado
Ele não pode estar todo errado!
Ele não pode estar todo errado!
Não é possível que o mundo não faça absolutamente nenhum sentido.

Não há lógica nisso
Eu te amo
Essa chama persiste
Tem que ter um motivo!!!

Pra que não exista um lugar sequer dentro de mim onde eu possa me esconder de viver no passado

Minha vida não pode continuar se resumindo a meus momentos com você
E eu até poderia aceitar isso
Mas essa sina só pode existir, só tem esse direito, se for pra ficarmos juntos

Phi, proporção áurea

Nosso amor é ordem, o resto é caos

Eu tentei
Me esconder do meu desejo
Mas ele é maior do que eu
Ele me engoliu

Eu tentei fingir pra mim
Achei ter conseguido
E ainda assim foi fácil
A verdade se apoderar de mim

Droga, nada mais existe!

Volta
Me toma

Eu só sofri
E ainda acredito em você
Eu ainda creio em nós como casal

Acasale comigo outra vez
Prove do meu amor no meu corpo
Faz tudo ficar certo

Por favor!
Faz eu parar de chorar
Me dê o seu amor
Por favor, se existe uma possibilidade!
Por tudo com o que você se importa, eu imploro
Me dê uma chance
Eu sei que te farei feliz
Eu não sei mais o que fazer
Eu já fiz tudo

Isso TEM QUE SER um pesadelo do qual eu vou acordar!

AFdSP

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Conto Autobiográfico

Precisava contar àquela pessoa a quem eu tanto amava do sentimento que tinha. Tínhamos uma grande amizade... não, não é verdade... pelo menos... não do meu lado. Aqui dentro, toda essa amizade sempre fora um disfarce para meu desejo interior. Claro, conhecer alguém desde criança faz com que você tenha alguma resistência a ter amor por tal pessoa. Mas já não era mais uma criança. E agora, justo agora, nossa amizade estava no patamar mais alto! Como não poderia deixar de ser. Eu sempre fui mais amigo do irmão. Mas agora... Claro! Por esse meu amor eu me aproximei cada vez mais, até me tornar muito amigo dessa pessoa. E me perguntar se era capaz de, depois de me tornar amigo, mudar essa situação. Porque existe uma crença, entre tantas outras, de que o estado de amizade com uma pessoa é irreversível, e impossível de ser avançado e elevado a outro nível. Se fosse verdade, isso deveria ser considerado a maior desgraça de todas. Eufemismos não iriam nunca bastar para amenizar tal dor. Era meu amor tão lindo! E como via beleza naquela pessoa, naquela criatura! Eu simplesmente não podia esconder mais. Mas eu tentei muito dizer. E como eu tentava! Mas simplesmente as palavras não saiam de minha boca ou de meus atos. Era como se fosse impossível. Omo se eu fosse uma caixa fechada e não fosse eu quem tinha a chave. Sempre fui assim. Minto. Desde que deixei de ser criança, sou assim. Eu não sabia no momento, mas os fatos que ocorreram a seguir mudaram minha personalidade e me moldaram, me fazendo alguém bem mais corajoso, o que é de todo contraditório, mas não adentrarei nessa questão, já que a trama aqui desvelada é um fato isolado único e totalmente independente do resto dos acontecimentos. Eu estava chorando. Eu estava queimando por dentro. Eu queria entender como era possível estar nessa situação. Eu parecia ser correspondido, eu sentia aquela ternura abrasante a me queimar por dentro, vindo direto dos olhos da criatura a quem eu amava. E como amava! E como era linda e vistosa aquela criatura! E como eu me imaginava nos braços! Quantas vezes! Um dia, eu decidi tomar uma decisão brusca até para mim mesmo. Eu iria me forçar a dizer. Eu não podia me permitir ficar no caminho da minha felicidade. Então, ao ir à casa dessa pessoa que me é tão avassaladora, eu disse-lhe que eu tinha algo de muito importante a dizer-lhe. Mas mesmo dizendo isso, não fui capaz. O objeto de meu mais profundo amor passou o dia todo a tentar convencer-me a dizer qual segredo obscuro eu lhe queria confidenciar. Até mesmo tentou me dar alternativas, mas em tom brincalhão. Irônica e sufocantemente, uma das alternativas era a correta. Meu amor. Mas mesmo assim eu simplesmente me comportei. Como não devia. Como me machucava. Mas ao fim do dia, meus últimos dizeres foram “eu gosto de você”. E odiosamente, a pessoa, a criatura, o ser, o anjo, foi burro o suficiente para entender aquilo como amizade e responder que também gostava de mim em tom amistoso. Foi doloroso. Eu custei a dizer o que eu queria! E nem tinha lógica, vide que eu passei o dia inteiro a tentar dizer algo que, no final, era tão pequeno. Absurdo! Só mesmo uma pessoa muito inocente levaria os fatos para esse lado. E, a despeito dos fatos seguintes, que apesar de não me levarem a nada com a pessoa que eu amo, existiram, estou aqui. E para registrar esse pequeno trecho de minha existência, eu me torno presente nesse texto. Para que não fique perdida na história dos tempos toda a minha delirante dor e angústia. E que as pessoas saibam o quanto o amor é algo importante e, principalmente, o sentimento mais doloroso existente.