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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Compreensão - Parte 2

Nesse post, complementar ao desconjuntadamente duplo post anterior, eu vou estar falando de algo que, embora intrinsecamente ligado ao tema daquele post imediatamente anterior a esse, ao mesmo tempo tem que ser tratado em separado. A compreensão das pessoas que vivem no limite do que a sociedade considera errado a ponto de considerar ilegal.
Eu não vou contar antecipadamente os dois temas que pretendo tratar aqui. Só que há muito queria encaixar eles em algum post aqui na tag "Social" desse blog, agora eu achei o tema perfeito pra fazer isso.
São temas considerados polêmicos e... sem mais delongas...

Prostituição
Não vejo mal nenhum em começar professando minha opinião quanto a isso. Pra mim deveria ser considerado profissão e legalizado. Se eu estiver sendo de alguma maneira ingênuo ao falar isso e/ou deixando passar algum fator, alguém me avise.
Mas os homens e mulheres que se prostituem não estão fazendo mal direto a ninguém. Talvez apenas a si mesmos. As pessoas que compram seus serviços também não estão fazendo mal a ninguém. E ambas as partes estão fazendo por livre e espontânea vontade.
Não se pode alegar que a prostituição causa ou ajuda em traições, as prostitutas nem sabem se o homem é casado ou não, a culpa não é delas que estão só fazendo seu serviço. A culpa é dos maridos, e se não fosse com prostitutas ele poderia encontrar alguém para trair em outro lugar. A corrupção inerente de algumas pessoas não é motivo para julgar aquilo que aquelas pessoas 'tocam'. Senão muitos serviços sujeitos às perversões e corrupções das pessoas também teriam que deixar de existir. O que não faz sentido.
Algumas prostitutas alegam que vendem o corpo por necessidade. Nos casos em que isso é verdade, ainda assim legalizar isso daria proteção a essas pessoas que, de maneira alguma, deixarão de tentar se sustentar.
Creio que a maioria das pessoas que se prostituem é por que é a maneira que elas consideram mais fácil de ganhar dinheiro. Não há que julgá-las. Já aleguei muitas vezes que os valores são diferentes entre uma pessoa e outra. Para umas vender o corpo é inadmissível, o corpo é sagrado. Para outras o custo-benefício torna isso viável. Para umas sexo é mais valioso do que para outras. É completamente normal essa diferença ideológica entre as pessoas.
Pessoas apresentadas ao sexo desde cedo, por exemplo, tendem a tratar o sexo como algo banal. Nesse contexto, não é aberrante que para elas seja algo que pode ser vendido e comprado.
E não vejo nada de errado se elas e eles querem ganhar a vida com isso.
A maioria das pessoas "vende" o corpo, na verdade o alugamos por um tempo para nosso empregador utilizando-o para realizar um serviço em um emprego. Prostituição é a mesma coisa, alugar nosso corpo por um tempo para outrem. Exceto que para algo sexual. Empiricamente, não há diferença entre alugar braços para pintar uma casa e alugar um órgão sexual.
Quanto aos que compram esse produto, eu particularmente não compraria. Não estou me defendendo precocemente, por que não acredito que se deva defender disso. Mas pra algumas pessoas vale a pena, na visão delas. Na visão delas, comprar sexo é algo aceitável. Não é só por que eu (ou você) pensa diferente que a visão dela é errada. É só diferente.

Drogas
No mesmo post, mas não que uma coisa tenha a ver com a outra. É só que ambas são, pelo menos ainda, ilegais no Brasil. E também geralmente os mundos das drogas e da prostituição estão relacionados.
As drogas são um assunto muito complicado, mais do que as pessoas deixam ser, ela só dizem "não é legal" sem pensar muito e para por aí. Não que não tenham motivos. Eu queria falar desse assunto aqui antes, então talvez eu tenha falado e não lembro.
Por que as pessoas usam  drogas?  vamos começar do mais básico.
As drogas são legais para essas pessoas pelo mesmo motivo que, pra mim, por exemplo,  filmes, livros e séries são legais, escapar da realidade. Escapismo. As drogas fazem as pessoas se sentirem bem, senão ninguém as usaria. Pra mim o uso de drogas é mais compreensível do que o uso de álcool.
E nem todo mundo vicia em drogas. Algumas pessoas conseguem usar tranquilamente sem ter os grandes problemas relacionados ao vício. O problema é que você só sabe se você é uma dessas pessoas usando. E o uso é muito arriscado, se você for uma dessas pessoas você se vicia imediatamente. Então o risco é muito grande para ser tomado. As drogas podem destruir o corpo do usuário e também a mente e os relacionamentos dele, depois a vida dele, e levar à morte. Mas todo mundo sabe disso. As drogas se tornaram uma mazela da sociedade, uma das maiores e, pior, causadora e mantenedora de outras mazelas.
Pessoas falam em liberação, legalização, das drogas. Ela tem razão em alguns pontos. Se as drogas fossem legalizadas, teria que haver todo um processo para as pessoas que quisessem vender drogas e isso iria dificultar senão impossibilitar que a venda do produto ajudasse o crime. E mais, os compradores e usuários de drogas estariam mais seguros se envolvendo com vendedores legalizados. O dinheiro das drogas é enorme, logo seria um duro golpe no crime organizado. Ninguém mais iria querer comprar deles podendo comprar legalizado.
E mesmo aqueles que dizem que as pessoas passariam a usar drogas em todos os lugares estão errados. Haveria uma lei determinando quando e onde as drogas poderiam ser usadas. Talvez só em locais feitos propriamente apenas para seu uso.
Existe também uma preocupação de que a libertação fizesse com que as pessoas se sentissem compelidas a usar, já que é legal agora. Não acho que isso fosse acontecer, e,depois, o governo poderia continuar desencorajando seu uso, como o faz com o cigarro.
Mas minha opinião ainda é ser contra.  Por que estamos no Brasil. Sim, uma coisa dessas poderia e deveria funcionar muito bem, se o Brasil fosse, atualmente, um país em que as coisas dão certo. Só que não, tudo aqui é usado como uma abertura, nada fica sem um lado B por aqui. A corrupção não permitira que isso funcionasse do jeito que teria que funcionar. As concessões para venda de drogas com certeza seriam vendidas a quem não as deveria ter, o mercado negro, provavelmente por políticos gananciosos, as drogas seriam vendidas a pessoas impróprias, como crianças, com conivência de policiais corruptos, etc. E é exatamente por que eu acho que a liberalização das drogas seria não uma correção em algo que está (e está) errado, mas apenas uma mudança em onde está o erro. Há outras coisas que precisam ser consertadas antes que possa haver uma legalização eficiente; a corrupção, principalmente, precisa ser diminuída consideravelmente. Se nem as leis que existem hoje em dia são seguidas, não existem motivos para acreditar que novas leis criadas teriam mais sucesso.

Um comentário:

  1. Me recuso a comentar tudo de novo. O blogger tah maluco, engoliu minhas palavras. Me sentindo extremamente ofendidoney! Basta dizer que eu gostei, e que concordo com vc. Intelectualidade limitada pela irritação! Rs. Pronto. Falei. Rs.

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