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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Amor Habet Finire

É preciso parar e pensar
E matar
Por que matar não é pecado nesse momento
Matar é imperativo

Minha prerrogativa, como escravo desse amor
Assassinato premeditado, em defesa da honra
Matar e matar e não ter a vergonha de ser assassino
Por poder honrar esse amor (ah, esse amor!)

Não podes me amar, dor consome, formigas de fogo vermelho vivendo em cima de mim
Não sei se pode, mas preconceber é preciso
Mas pode não poder, é possível, podes não me amar, da possibilidade me convenço
Eu tento, eu preciso. Convencimento, me possua!

Por que, se ai não me amas, eu preciso respeitar
Eu preciso matar o amor
Por que esse amor é tão límpido
E ele não tem o direito de existir se não for pra ser perfeito
E reciprocidade faz parte do que eu chamo de perfeição

Se não puder acontecer naturalmente
E natural é íntimo a esse amar
Se não, é preciso matar e esperar pra poder matar de novo até que eu de verdade morra
Assunto triste. Assunto verossímil.

É preciso. A poesia morrendo, junto com esse amor, junto comigo, junto com o mundo a minha volta
Eu estou tentando parar de amar, então eu acho que eu preciso de forças agora.
A poesia se esvai
Eu te amo, porém acredito que não devo estar te amando. Se não for para ser correspondido, julgo-me incapaz de te amar. É deveras doloroso, mas inconcebível que eu tenha que viver sofrendo desse tanto.
A linguagem do amor suicidar-se-á.
Vc precisa me amar, senão eu vou morrer. Eu tô morreno, eu tô acabanu.
Eu...