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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Que Fazer

Eu não sei mais o que escrever
Não há mais o que fazer
Eu queria que essa coisa desesistisse por um tempo

Oras ver o sol e me sentir grato por ele me permitir viver
Ver as estrelas e me sentir uma delas
Ouvir falar de anjos e ouvir sua voz no meu íntimo

Oras estar quente como o próprio inferno
Quente de maneira a lembrar ruínas
Mais áspero do que se imagina que uma dor pode ser

As chamas que queimam incendeiam minha alma com paixão
Sonhos vermelhos que mergulharam meus olhos em ácido
São sonhos perdidos

As lágrimas mataram-se em seqüência
Amargaram minha essência
Mas onde me levarão?

Eu estou esquecido num mar de iras entristecidas
Amassado pela minha esperança
Célere

Nada vai enxugar minha face o bastante
Nada vai amenizar as rusgas na minha crença
Essas feitas de farpas de palavras retorcidas

Eu quero ar pra respirar
Espaço pra andar
Cores pra ver
Calor pra sentir
Amor pra amar.

3 comentários:

  1. Nossa!!!
    Intenso, muito intenso...

    Senti-me triste ao ler o poema.
    Com pena dessa personagem oculta...

    Será você??

    Hehehe.

    Pergunto, porque eu escrevo de acordo com o meu humor. Falo mesmo de mim, nos poemas.

    É meio que um auto-retrato...


    Um abraço, PJ!!!

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  2. "Eu estou esquecido num mar de iras entristecidas"

    É realmente impressionante como as palavras se conectam, enriquecendo-se em sua completude mais íntima...

    Estar esquecido num mar de iras entristecidas, a mim representa estar com ódio de mim mesmo. Significa ter raiva de mim, por, em algum momento, ter omitido algo que necessitava desesperadamente ter exposto ao mundo, aos gritos...

    E o pior é estar esquecido. Na loucura da solidão imaginamos que somos os únicos enfadados...

    Quando na verdade somos os únicos verdadeiramente sãos, por expor nossas chagas...

    (nossa, pra q eu escrevi isso tudo?? Huahuhaua)

    Abraço, PJ!!!

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  3. Sim, eu também costumo ser autobiográfico nos poemas.

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