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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Real Necessidade de Sociedade (Ou: Quanto?)

As sociedades são baseadas nas leis. as leis foram criadas para que todos fôssemos livres. Foi feita para que não houvesse mais fortes e mais fracos, para tornar nós todos iguais.Pra que, mesmo que existam diferenças sociais, as pessoas não se massacrassem umas às outras. Por quê? Porque pra evoluirmos e pra mantermos nossas conquistas (da ciência), precisamos de força braçal. Precisamos manter um grande número de pessoas para que a sociedade prossiga existindo.
Ou seja, vai ser um "Deus, nos acuda" quando grande parte do mundo for automatizada por robôs, IAs e máquinas. Mas as leis não são perfeitas e isso é compreensível, porque seria praticamente infinito o trabalho de colocar em leis todas as probabilidades de ações que um ser humano é capaz de fazer. Fizemos o possível e ainda estamos fazendo. O fato é que, para organizar a coisa chamada sociedade, criamos também uma porção de sistemas de organização. São eles: relatórios, requisições, atas, etc., etc. Uma porção de papéis que cria o que chamamos de burocracia. Com o tempo, o número de papéis para organizar o mundo foi se tornando cada vez mais alto. O fato é que esse sistema foi criado há milênios atrás, por pessoas que não vivem mais, e os tempos mudaram. Mas talvez estejamos presos e não sabemos criar novas maneiras de viver, ou sequer modificar muito os sistemas atuais. Isso porque esses sistemas são tão complicados que é impossível uma pessoa saber de todos os meandros da lei, da justiça e da política. Por isso acaba existindo uma fragmentação. Nunca ninguém tem a informação completa. E como é um sistema muito grande e muito interligado e mudar uma coisinha pode mudar tudo (uma coisa meio "efeito borboleta"), é muito difícil mudar. As mudanças que ocorrem no sistema são ínfimas, muito sutis. Toda essa fragmentação faz com que a corrupção seja muito fácil. Afinal, fica difícil saber quem fez o quê, já que uma coisa é passada de pessoa para pessoa, e se chega no final com algum erro, é difícil julgar onde no processo esse erro foi cometido ou por quem. É como aquela brincadeira infantil, o 'telefone sem fio', só que alguém no meio faz o erro por querer pra lucrar com ele. Ou mesmo alguém no começo. Como as pessoas não sabem como funciona a parte que cabe ao outro (porque é informação demais pra qualquer um guardar), não tem como saber que há um erro. A pergunta que me atormenta é: quanto realmente precisamos disso tudo? Precisamos mesmo de tantos políticos e de tanta organização que só faz as coisas mais demoradas? Esses papéis, teoricamente, deveriam servir para podermos, também, vigiar para que, por exemplo, recursos públicos não sejam extraviados. Mas se nós não somos capazes de entender como tudo funciona, como somos capazes de julgar alguma coisa. Parece que é por querer que a política é tão complicada. Desse jeito, simplesmente, votar é inútil. Nós não sabemos o bastante do sistema político pra poder escolher alguém. Não porque não queremos saber, mas porque não nos dão essa possibilidade. Talvez seja mesmo por querer. É claro que há pessoas, que lucram com isso, que não querem que isso mude.    Eu acho que uma simplificação seria ideal. Ou talvez uma extinção desse sistema. Se os políticos foram feitos pra nos representar, considerando a velocidade da informação hoje em dia, acho que não precisamos mais de representantes. Pelo menos, não de tantos. Ou talvez precisemos, mas realmente precisamos que o sistema seja simplificado para que possamos entendê-lo e parar de ser manipulados por quem entende algo dele.

Um comentário:

  1. É. Tenho medo de quando as tecnologias forem tantas, e tamanhas, que o homem perca o controle sobre elas...

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