Feminismo

O que é o verdadeiro feminismo. Essa é uma questão importante, por que as mulheres ainda são uma minoria tratada com extrema desigualdade na sociedade. Mesmo após todas as lutas.
E, pior do que isso, parece que agora houve uma comodamento e uma crença falsa de que há igualdade, o que é uma coisa extremamente perigosa, principalmente quando talvez a desigualdade esteja crescendo ainda mais, com a sexualização da mulher. Isso significando: as mulheres sendo tratadas como nada mais do que bocetas. Voltando ao tópico que abordarei (embora eu não seja apto a me aprofundar no tema). O que é feminismo verdadeiro? Seria o feminismo das mulheres que vestem roupas compridas pra mostrar que não são só pernas e bundas? Ou seria o feminismo das mulheres que mostram as pernas e bundas pra dizer: "eu sou muito mulher, tenho muito orgulho disso!"? Lembrando que foi a nossa sociedade humana que estipulou muitas das regras do que é uma mulher: saias, batom, muito da feminilidade, acessórios de metal dependurados. Nada disso é o que uma mulher é. Pensando por esse lado fica fácil dar a vitória às feministas que se vestem como os homens (igualdade). Preciso mencionar que até mesmo chamar alguns 'caras' de afeminados não faz sentido, já que eles não estão agindo 'femininamente', por que esse agir feminino é uma criação cultural. Assim como o agir masculino: o futebol, a rispidez e a fala rude, são criações culturais. Talvez para acentuar que, no mais básico de tudo, não existem tantas diferenças assim entre homens e mulheres. Então aparentemente essas diferenças foram acentuadas pelos tempos. Mas se a idéia "mística" de mulher foi criada durante o tempo, talvez seja válido as feministas usarem a moeda em sua luta, se mostrando como "mulheres orgulhosas". Apesar de que, ainda assim, fica mais fácil ver as mulheres-sexo do que as mulheres-orgulho, olhando para a mesma figura de decote e sainha. É uma imagem muito popularizada. Isso torna muito difícil ser feminista. Já que uma mulher que se veste como homem pode ser vista não como uma mulher orgulhosa de ser uma mulher e que prega a liberdade, mas talvez uma mulher que tem vergonha de ser uma mulher e quer ser um homem. Ou seja, há dois extremos da moeda. É difícil para uma mulher não ser vista como um objeto sexual nem uma mulher-macho. O meio-termo está perdido. E, enquanto isso, elas continuam recebendo salários menores, mesmo fazendo trabalhos maiores. E tendo que ser, quase obrigatoriamente: mães exemplares, com empregos exigentes e boas esposas. Qualquer coisa menos do que isso, aparentemente, faz delas menos mulheres aos olhos da sociedade. E, pior do que isso, as mulheres se perderam na ilusão da sexualidade criada pelo mundo masculino e masculinizado e vulgarizam a si mesmas como forma de mostrar a independência. Tipo, "sou uma conquistadora também", "somos tão ou mais sexuais quanto vocês homens". E ainda mais para irem contra o conceito de "mulher é piranha, homem é pegador", elas se consideram pegadoras. E ainda assim a sociedade não as vê como tal. É muito complicado, e é uma questão que ainda tem muito o que evoluir. Fica aí a dica.