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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pertencimento

Busquei seus braços entre os meus
Meus sonhos queimando a vida
Tentei respirar e só inalei fumaça
E então você ergueu a mão

Mas agora eu vivo por um sonho
Enquanto você vive outro alguém
Mas então por quê veio de novo a mim?

Você sempre volta
E nunca cessa de existir em mim
Então páre de voltar e fique aqui de uma vez
Porque é inadmissível ficar preso entre as ondas indecisas de um mar de rosas e pedras

Desvencilhe-se de seus medos
Se alforrie de suas crenças
Pra decidir se vai bombordo ou estibordo

A vida vai
A morte vem
Porque falecido me sinto sem sua presença
E você não se sente interessado em nenhum norte específico

Conquanto ela te seja considerada por verdade
Ainda vem me buscar pra nos termos
E me faz sentir preso a ti mais uma vez
Pra então me derrubar com punhos de aço e sorriso de pérolas

Haja, pois nada te segura
E eu agi enquanto você não me amarrou
Agora eu vôo sobre mim mesmo inapto a assumir meu controle

Me tome
Tente que seja pra sempre
Que esse amor seja pra nós as asas dos pássaros enjaulados que são nossas almas
E possamos cantar

Jogue sua ternura em cima de mim
Assassine nossa singularidade
Eu quero que só reste o verbo nós amamos

E comparativamente
Parece mais feliz daqui a grama desse futuro de probabilidade

Então, se me ama
Se seu corpo se sente pertencer a mim quando vê seu dono
Me beije

Eu te amo!

Um comentário:

  1. 'e assassine nossa singularidade'. Muito expressivo. E me remete à volaticidade de um amor inseguro, não recíproco...

    Muito bom msm. Ha! E adorei o "E você não se sente interessado em nenhum norte específico". A loka lady gaga urrul! rsrs

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