Páginas

Pesquisar este blog

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Acima

Vai,
Epifania
Grita o meu amor com força e bravura
Sussurre, pois a maior força incontida não alcança os patamares que ele alcançou
Esse amor atrevido

Tanto quanto tente ser
O que você não pode ser
Mas que eu precisava tentar
Algo que fala de amor
Mas não pode descrever o meu amor indescritível

Aceite ser o resultado insatisfatório
Da escravidão que o amor me impôs
Letras jogadas desesperadamente num papel
A tinta pesada recheada de sentimento
O papel se amassa e se dobra e se rasga e se corta e se revolve sobre si
Por que nada pode suportar tanto amor, como está depositado nesse poema
Então como eu posso suportar? Milagre explica

Quando estive perto do objeto de minha atenção ali
Não podia sentir nenhum infortúnio
E toda minha bondade se despejou pelas minhas mãos
Pelos meus movimentos me entreguei
Pois confessei, e confesso o que sou

Eu te amo, por que você se refere ao meu amor
E eu te odeio por que nada tem esse direito
Só eu, só nós, menos você, menos todo o resto do mundo
Somos dois, e dois é o máximo que cabe aqui
Nesse mundo tão perfeito do meu (espero nosso) amor

E por mais que eu não acredite
Eu tenho tanto quanto certeza
De que o que eu sinto é O amor
Não qualquer coisa
Mais do que qualquer coisa
Acima de qualquer coisa

Um comentário:

  1. Ha, e que delícia é saborear desse amor atrevido e indescritível! E é difícil mesmo delimitar, até onde nos permitir, e até onde permitir que vá o outro... mas certo é que o amor é muito, e visceral.
    Parabéns por delinear com maestria esse sentimento gritante.

    ResponderExcluir