Páginas

Pesquisar este blog

terça-feira, 17 de março de 2009

Verdade

Descanse em paz
Enquanto eu guerreio
A luta desesperada dos que ficam

Ninguém vai destituir de mim esse seu ar
Que ainda está vivo respirando aqui
Não vá

Eu preciso nunca esquecer
Nunca deixarei de te amar
É uma chama olímpica
Nunca apaga

Então essa é a verdade
O destino do homem é estar só
E as flores que deixei no cemitério
Nada significam

Estou agora num mundo destituído de significado
Nada aqui tem valor
A não ser sua imagem esvaescente na memória

Sua alma é sentida pelos meus sentidos
Que vão além dos cinco conhecidos
E me revelam o céu
Que é estar contigo

Não me sinto só
Mas a saudade é inevitável
Irrefutável

Não me deixe
Você deixou
Mas não deixa de existir
E eu me deixo levar
Até meu epitáfio
Que pode ser bem longo

A verdade real e absoluta é que
Mesmo que uma morte e uma vida
Terra e cimento
Flores e lágrimas
Pós-vida e nada
Mesmo que tudo isso tente nos separar
Eu já estou com você

Não há barreiras reais
Só uma necessidade de espera
Esperança
Fato que pertence à alma humana
Parte do instinto de sobrevivência

Mas o amor é da alma
A alma nunca morre
Morre,
palavra que quero ousar desistir de contabilizar
É, ela não existe mais no meu dicionário

Só o amor apaga palavras
Une existências
Reais e fátuas

Eu te amo
E amo a verdade
Essa verdade de que quem se ama é inseparável

Meu fantasma
Não te tenho terror
Eu quero estar aí
E vou esperar
Que chegue o momento da minha verdade.

2 comentários:

  1. Nossa. Meio mórbido esse né? Cemitério, túmulo, epitáfio...
    ...mas isso nem foi crítica. Foi elogio. Adorro correlacionar temas com a morte. E tipo. Ainda penso no que vou colocar no meu epitáfio. Tenho dúvida se um poema meu, ou simplesmente: 'Fui'. Ha, sei lá, eu falo demais hehehe. Mas sabe que, na aula de FSHB a dinâmica q a professora deu pra apresentação foi justamente essa? Escrever numa folha d papel o q queríamos q estivesse escrito em nossa lápide. Achei Mara!!! E o mais engraçado é q ninguém colocou defeitos na lápide, tipo: "Aqui jaz Paulo Júnior, rapaz desonesto, ladrão, beberrão" Kkk. Foi só um exemplo. Todo mundo só colocou as qualidades. Engraçado né? Hehehe. Mas sei lá. Vô parar de falar asneiras e falar logo do poema...DEZ! Nota DEZ!!!!! hehehe. Fui.

    ResponderExcluir
  2. esse poema é sobre uma amor de alguém, só que o destinatário do amor morreu. Isso nunca aconteceu comigo. Ninguém a minha volta ainda morreu. por isso não ficou tão bom.

    ResponderExcluir