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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Prisão

Eu estou aqui nesta prisão

que é meu corpo. Não consigo sair.

É feia, apertada, machuca, fere, dói.

É cheia de pedrinhas no chão,

e a aparência dói no coração.

O této é baixo e a parede corta.

A cama é de espetos e torta.

Para sair não tem porta.



Antes de ser preso entreguei cópias das chaves a certas pessoas.

Todas foram embora e me esqueceram aqui.

É solitário, ninguém me encontra.

É cheio de monstros que me estão enlouquecendo.



Mas é meu corpo, não posso sair.



Às vezes alguém me visita, fala comigo e vai embora,

sem me soltar.alguém percebe meu sofrimento, fala, não me deixa chorar

sem me soltar porém.



Isso pouco a pouco está afastando todos de mim.

Eu vejo todos indo embora e não posso fazer nada.



Isso está fragilizando minha alma e eu

não consig sair.

Esou me machucando.



Às vezes eu choro por qualquer coisa.

E quase sempre sem motivos.



Eu preciso sair e brilhar.

Esse lugar é pequeno e eu me sinto grande.

isso vai me matar.



Minha alma vai morrer de fome.

Tudo me consome.

É solitário aqui.

Vou me tornar uma pessoa fria e frívola.

E eu não quero isso.



Mas é culpa dessa prisão, deste lugar

Indo assim onde vou parar?



Penso até em suicído

e assim paro com esse himicídio lento.

Eu quero explodir e fugir, não consigo.

É mais forte do que eu.



E os que têm a chave não vêm me livrar, me esquecem.

E os que não tem a chave

e podriam forçar e me livrar

não percebem, ou fingem.



E eu fico aqui, preso em mim mesmo.

Não como uma pessoa,

mas como algo entre a vida e a morte.

Não me sinto vivo, nem sequer me sinto qualquer coisa.



16/08/2004

Um comentário:

  1. Nossa, PJ...

    Esse é realmente instigante...

    Tb curto mto escrever subjetivamente...

    Até aqui esse é u top!!! Rsrsrsrs.
    Abraço...

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