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sábado, 10 de outubro de 2009

Lágrimas de Sangue de Vermes

Com meus olhos tão fechados
Eu olho para o meu espelho
E eu posso ver você atrás de mim Mas você não está atrás de mim
Eu estou olhando para o céu
Não há um espelho em frente a mim
Eu não posso me ver
Mas eu posso ver o que eu sinto dentro

Eu sei que você me ama
Mas ainda não sei se eu sei de alguma coisa
Quando eu ohlo para meu sangue

Eu não posso esquecer o que você disse antes de eu morrer
Eu não posso esquecer o silêncio antes de minha morte

Eu estou numa caixa dentro da terra
Meu coração está batendo tão rápido e tão lento
Eu lembro que eu disse que te amava
Mas eu nunca disse nada
Porque eu nunca te encontrei em minha vida

Sem palavras
Eu posso escrever com uma caneta sem tocá-la
O nada que eu estou sentindo
Isto ainda está me matando

Depois de minha morte
Eu ainda estou andando para o abismo
Porque eu não morri
Porque eu ainda vou morrer
Uma centena de milhão de vezes mais

E você não pode me ver
Meu corpo sendo devorado por germes e bactérias
E isso é o que eu sinto

Então por favor
Eu estou chorando no meio do cemitério
Lá eu estou para sempre vivendo
Estou morto sem morte e sem fim
Olhe para mim no horizonte dos seus olhos
Então por favor, dizendo a verdade do seu coração, me liberte ... e
Me mate.

2 comentários:

  1. Nossa!!!
    Acabei de saber que vc tem um talento lindo de discorrer sobre temas morbidos...
    E eh excitantemente desafiador escrever sobre o desconhecido. Vc o faz de um jeito medonhamente perfeito, como se realmente conhecesse o pos-morte. Eh totalmente convincente.
    Morrer e morrer, mil vezes mais, ateh q vc me mate... acho q ai vc quiz dizer q enquanto a amada naum t matar, naum te enterrar, subjetivamente falando, vc contininuarah a morrer. Eh isso??

    Acho q saquei. Se estiver errado, me fala...

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  2. olha... até poderia ser. mas eu não tenho cacife pra escrever sobre isso não.

    É só um simples e banal poeminha sobre a sensação de estar morto que o amor supostamente não-correspondido traz.

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